Dicas e Roteiros

Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins

Com uma rica beleza natural permeada por rios, cachoeiras, áreas de mangue e restingas, o Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins é um dos importantes remanescentes de mata atlântica do litoral sul paulista, localizado a 150 km da capital. O mosaico foi criado em dezembro de 2006, quando a lei n. 12.406 dividiu a intocável e antiga estação ecológica da Juréia-Itatins em seis unidades de conservação, entre elas duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e dois Parques Estaduais.  Algumas partes foram mantidas como áreas de preservação estrita, característica própria das estações ecológicas, cujo único uso possível é para fins de pesquisa.

Com o título de Patrimônio Natural da Humanidade, dado pela Unesco, a antiga Estação Ecológica da Juréia foi alvo de conflitos por mais de 20 anos: de uma lado os moradores que se queixavam por não poder dispor dos recursos naturais ali presentes; de outro, os ambientalistas que lutavam por maior proteção. A criação do Mosaico, em princípio, veio para dissipar estas disputas e atender ao diferentes interesses.

Os 80 mil hectares da antiga reserva (criada em 1987) foram ampliados em 2006 para 85 mil, ao todo, com a criação do Mosaico.  Sua área é quase toda composta por Mata Atlântica e ecossistemas associados, como restingas, manguezais, planícies fluviais, praias, costões rochosos e vegetação de topo de morro. Possui fauna diversificada, com várias espécies ameaçadas de extinção, como antas, jacutingas, gavião-pomba, onças-pintadas, onças-pardas, jaguatiricas, papagaios-de-cara-roxa, monos-carvoeiros e bugios, e por isso a área é vista com grande interesse por biólogos e ambientalistas.

Além da grande diversidade biológica, o Mosaico possui também um rico patrimônio arqueológico: lá é possível encontrar diversos sambaquis, indicadores da ocupação humana pré-histórica. Em sua paisagem, estão encravados dois maciços montanhosos: o Pico do Pogoçã, na Juréia, e o Pico de Deus, em Itatins, unidos por uma planície costeira e rios que formam as bacias do rio una do prelado e do rio verde.

A população local é composta, em sua maioria, de caiçaras, comunidades tradicionais da região litorânea, que vive essencialmente da pesca. Os caiçaras conservam sua forma de trabalho (sua tecnologia) como um patrimônio e dependem da manutenção das áreas naturais para a preservação de seu modo de vida.
Mas para implementar de fato as unidades criadas em 2006 e tirar o Mosaico do papel, os órgãos estaduais ainda tem um longo caminho a seguir. Alguns passos já foram dados, como a criação de conselhos deliberativos nas duas áreas de concentração de moradores, as rds´s do despraiado e de barra do una, a reestruturação do antigo conselho da estação ecológica juréia-itatins, a realização de cursos de reciclagem para monitores ambientais e a realização do seminário “parcerias para a sustentabilidade do mosaico jureia-itatins”, que teve o objetivo de agregar ongs para articular os pequenos projetos de cada uma delas e definir demandas futuras.

A forma de uso de cada uma das seis unidades será definida no plano de manejo do mosaico, que está sendo elaborado, desde fevereiro de 2008, por técnicos da Fundação Florestal e da Universidade de Campinas. O documento deve ficar pronto em 18 meses e a idéia é criar um plano de manejo específico para cada unidade e outro geral do mosaico. No total, cerca de 62 técnicos estarão envolvidos.

Ecoturismo

Enquanto isso, os visitantes podem acessar as partes de visitação permitida do Mosaico, como o Núcleo Itinguçu, bairro pertinente ao município de Iguape, localizado na face sul da Serra dos Itatins, a 18 km do centro de Peruíbe. A área utilizada pelos visitantes do núcleo se concentra no Ribeirão Itinguinha, na altura da formação da Cachoeira do Paraíso. conta com quatro quiosques, instalados na área do estacionamento, que servem bebidas e salgados, com área para piquenique, além de barracas situadas na estrada de acesso, que vendem licores e doces em compotas, típicos da região. O período de maior visitação acontece nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro, enquanto maio e junho formam a época de baixo movimento no local.

Outro trecho aberto à visitação é o que segue em direção à Praia do Guaraú, partindo do centro de Peruíbe. Caminho muito feito pelos que gostam de uma aventura off road, lá é possível encontrar casas, quiosques e uma estrada de terra fácil de transpor, mas estreita e sinuosa. Seguindo-se mais adiante, de carro, chega-se até a Praia de Caramberê. No fim desta praia, entre as rochas e a mata, há uma pequena trilha de 20 minutos de duração, aproximadamente, que chega até a praia deserta, de beleza sem par.

Voltando à Caramberê e seguindo para o sul desta praia existe outra trilha que leva até a Praia do Una. Também é possível chegar até esta praia de carro, até a Barra do Una. Para quem gosta de caiaque ou bote, o rio Una é um convite a boas remadas.

Como chegar

As duas cidades que servem de entrada para esta belíssima região são Peruíbe e Iguape, no sul do estado de São Paulo, a uns 150 km da capital. Pode-se chegar lá, partindo de São Paulo, pela Rodovia dos Imigrantes (SP 160) ou pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP 55), em direção à rodovia Pedro Taques, que leva até Peruíbe. Outra alternativa é seguir pela Régis Bittencourt (BR 116).

De Peruíbe, uma boa dica é seguir em rumo à estrada do Guaraú. na beira da estrada do Guaraú, existem pousadas e áreas de camping bem como, na cidade de Peruíbe. na cidade, não deixe de visitar as ruínas da PrimeiraIigreja do Brasil, concluída em 1553, pelo Padre José de Anchieta. e não esqueça do repelente!

Juréia-Itatins com Trilhas & Rumos

Por se tratar de uma região de praias, é aconselhável levar uma mochila pequena para caminhadas curtas, que seja suficiente para levar água, lanche, protetor solar e outros pequenos acessórios. Uma boa sugestão é a Crampon 38, que possui bolso frontal e acesso pelo fundo, além de bolsos laterais para colocação de cantis e bolsinhos menores na barrigueira para coisas pequenas. Outra sugestão é a mochila Anaton 18, que possui formato anatômico e espaço para cantil flexível. Possui ainda dois bolsos laterais em tela aonde entram duas garrafas adicionais para hidratação e um bolso frontal com compartimentos internos para celular, canetas, etc.

A questão da hidratação deve ser olhada com atenção, especialmente se for verão, época de muito calor no local. A Trilhas & Rumos possui várias opções de cantis, entre eles o Cantil Flexível Hidrat 2, que comporta dois litros de água e é adaptável a diversos modelos de mochilas. A saída de água é feita por uma mangueira que, conectada ao cantil, chega até a boca do usuário e permite que ele beba mesmo em movimento.

Chuvas em regiões de Mata Atlântica são sempre comuns, especialmente no verão. Para se proteger delas, uma dica é o Abrigo Anorak Storm, que tem impermeabilização de resistência a 10.000 mm de coluna d’água e costuras seladas.

E para os que vão acampar, uma boa opção é a barraca Cota 2, que pesa 3,3 kg. Com formato iglu, seu novo modelo possui duas entradas e armações marcadas com sistema de cores para facilitar a montagem.


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