Dicas e Roteiros

Parque Nacional Monte Pascoal

O morro que lhe dá nome foi o primeiro avistado por Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, quando chegou ao Brasil. Mais do que conservar a história, o Parque Nacional de Monte Pascoal possui a mais importante reserva de Mata Atlântica do sul da Bahia, na região que é conhecida como Costa do Descobrimento. Criado em 1961, o parque possui além de florestas, restingas, manguezais, campos e falésias.

Árvores centenárias como o quase extinto pau-brasil, jequitibá, jatobá, visgueiros, farinha- seca, anda-açu, maçaranduba, jacarandá-cabiúna, araribás, sucupiras, palmiteiros e outras fazem parte do diverso ecossistema, bem como orquídeas e samambaias. A fauna é riquíssima e pode-se avistar veado-campeiro, ariranha, preguiça-de-coleira, ouriço-preto, caxinguelê, antas tamanduás, pacas, cotias, onça, suçuarana, gavião-de-penacho, gavião-pega-macaco, mutuns, urubu-rei, macuco, curiós, sabiás-da-mata, papagaios e tucanos.
Com apenas 536 metros de altitude, o Monte Pascoal é o mais alto da região e chega-se em seu cume por uma trilha de apenas 1,5km, mas tão íngreme que a subida é feita em cerca de duas horas. No topo, são muitos os pontos de observação, com vistas para o mar, para os montes vizinhos, para a mata densa, visões que irão valer cada metro subido. Com um pouco de sorte é possível ver o formoso balé aéreo dos urubus-rei, que circundam o monte em busca de térmicas, proporcionando um belo espetáculo nas alturas.

Para quem não estiver com disposição de subir o Monte Pascoal, partindo do centro de visitantes, pode-se percorrer uma trilha de 1km apenas para o topo de um mirante, com vista para o Monte Pascoal e para a floresta.

Índios Pataxós

Região ocupada inicialmente pelos tupinambás, no século 16 foi tomada pelos Pataxós, que hoje são um pouco mais de dois mil e que sobrevivem da venda de artesanato, da caça e da pesca. Já na estrada é comum encontrá-los mostrando seu artesanato, que é a principal fonte de renda e que garante a sobrevivência de muitos índios da região.

A área do parque possui 22.500 hectares que é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós, com 8.600 hectares. Os Pataxós praticamente ocuparam todos os limites da unidade de conservação e há anos reivindicam a propriedade completa dessas terras outrora ocupadas por seus antepassados.

São cerca de 13 aldeias no interior do parque, algumas com luz elétrica, outras com geradores e também algumas às escuras. A maior delas, a Aldeia de Barra Velha, conta com uma boa estrutura, com escola, computadores, área de lazer e outras facilidades.

Os Pataxós que habitam a região já chegaram a invadir o parque, em represália aos maus tratos que sofrem por parte dos fazendeiros e madeireiros da região, além do descaso do governo. O Ministério do Meio Ambiente já assinou a primeira parceria com os indígenas para o monitoramento do parque e agora estuda um projeto para ampliar a integração de comunidades indígenas à conservação dos parques em todo o país. Alguns benefícios dessa parceria já são visíveis, com a brigada de combate a incêndios, executado por uma equipe PrevFogo, formada somente por índios. A Funai deverá também concluir a demarcação da Terra Indígena Monte Pascoal, já em andamento.

Como chegar e infraestrutura

Localizado no extremo sul do estado da Bahia, no município de Porto Seguro, o acesso ao parque é feito pela BR-101, após percorrer 76 km vindo da cidade de Eunápolis, ou 16 km partindo de Itamaraju. No pequeno trevo, pegue à direita e percorra mais 14 km de asfalto até a portaria.

O parque é aberto à visitação todos os dias da semana, das 8h às 16h e é cobrada uma pequena taxa para entrar. Possui centro de visitantes, mas não dispõe de infraestrutura para acampamentos. Nas cidades de de Itamaraju (a 30 km) e Caraíva (a 20 minutos de barco) é possível encontrar pousadas e hotéis simples.

Apesar de o sol estar presente na Bahia o ano todo, é melhor evitar os meses de julho e agosto, quando há maior probabilidade de chuva na região.

Vale a pena aproveitar a visita ao parque e conhecer melhor a região como as cidades históricas de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, além de Caraíva, Trancoso, Arraial d’Ajuda e Corumbau, todas com boas opções de pousadas.

 E para os amantes do trekking, vale um conhecido roteiro de sete dias de caminhada começando em Prado e passando por Cumuruxatiba, Ponta do Corumbau, Caraívas, Espelho e Trancoso.

Monte Pascoal com Trilhas& Rumos

Como os roteiros dentro do parque são todos curtos e não é permitida a pernoite, é recomendável o uso de mochilas pequenas, como a Nimbus 30, modelo que tem ótimo espaço interno, suporte para hidratação e capa de dormir embutida. Outra mochila recomendada, também de médio porte, é a Trekking 35 litros.

Por se tratar de caminhadas com muito sol na maior parte do ano, é fundamental cuidar da hidratação. A Trilhas & Rumos possui várias opções de cantis, entre eles o novo Cantil Hidrat Boca Larga, modelo mais técnico e funcional. Comporta dois litros de água e é adaptável a diversos modelos de mochilas. A saída de água é feita por uma mangueira que, conectada ao cantil, chega até a boca do usuário e permite que ele beba mesmo em movimento. A maioria das mochilas da Trilhas é adaptada para uso em conjunto com o cantil Hidrat.

Outra sugestão é a mochila Hidrat 7, de hidratação, ou um estojo de cintura grande (pochete) com local para colocar garrafa de água (Estojo Acqua, por exemplo).

Saiba mais na Internet

Atualizado por Márcia Soares, em fevereiro de 2011.


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