São 2.875m. de altitude e 85km 2 de cume! Situado na fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana, o parque abriga o Monte Roraima, quarta montanha mais alta do País, e o ponto mais ao norte do Brasil, a Serra do Caburaí.

Em taurepán, língua falada pelos índios venezuelanos pemones, RORA quer dizer azul e IMÜ, grande. Roraima é, então, o gigante azul, tal qual os índios enxergam de suas aldeias, a cerca de 25 km de distância da montanha que ainda exibe vestígios de um mundo pré-histórico. O Monte Roraima é considerado pelos Pémons e pelos índios brasileiros, Ingaricó e Macuxi, como “A Casa de Macunaima”. Os Pémons também o chamam de “Madre de todas las Águas”.

O primeiro homem branco a conhecer o Monte Roraima foi o inglês Sir Walter Raleigh que, no final do século XVI (1595), estando em busca de tesouros, embrenhou-se pelas Antilhas e cruzou a floresta na região da Guiana. Raleigh teria chegado apenas à base do Monte mas, mesmo assim, coletou material suficiente para escrever a obra que chamaria de Montanha de Cristal.

Mais tarde, em 1884, outro inglês, o botânico Everard Im Thum subiu ao cume e deixou relatórios detalhados de sua expedição que, além de serem publicados na National Geografic, inspiraram o escritor Arthur Conan Doyle a escrever “O Mundo Perdido”, em 1912.

Para quem quer visitar a região, o caminho é Boa Vista, capital do Estado de Roraima, indo até Santa Elena de Uairen, já na Venezuela, por estrada asfaltada. De lá, pode-se ir de helicóptero (30 a 40 min. de vôo) ou de carro até Paraitepuy (cerca de duas horas). A partir daí, caminha-se dois dias (cerca de 22 km) até a base e mais 10 horas até o cume. Acampa-se no cume, onde é possível fazer várias caminhadas, incluindo a ida até o Ponto Triplo, fronteira entre os três países.

O Monte Roraima lembra uma gigantesca mesa de arenito, também chamada de tepui, e preserva uma flora e fauna típica da Amazônia, com até 50% de endemismo e caracterizada pela diversidade de espécies. Venha conhecer um pouco mais deste fascinante mundo.