Apesar de parcialmente urbanizada, a Ilhabela, no estado de São Paulo, ainda resguarda belos recantos onde o acesso só é possível por trilha ou barco. Com mais de 250 cachoeiras, praias exuberantes e picos de montanha que chegam a aproximadamente 1.300 metros de altitude cobertos por Mata Atlântica, este parque estadual é perfeito para a prática de várias atividades outdoor, como caminhadas em trilhas e surf, e além disso é considerado o paraíso da vela e do mergulho.
Entre os picos desta ilha oceânica destacam-se o Baepi (1.025 metros), o do Papagaio (1.037 metros) e o de São Sebastião (1.379 metros), todos localizados na ilha de São Sebastião, a maior do arquipélago. Essas montanhas formam uma barreira para os ventos que vêm do mar, gerando grande ocorrência de chuva no local. A Ilhabela dispõe de muitas pousadas e várias áreas de camping para os visitantes.
Criado em 1977, o Parque Estadual de Ilhabela preserva importantes trechos do pouco do que sobrou da Mata Atlântica no estado de São Paulo. Árvores de 20 a 30 metros de altura compõem a paisagem que se completa com os milhares de córregos e riachos e a diversificada fauna e flora. O arquipélago serve também de refúgio para espécies de aves migratórias que lá encontram pouso e alimento, durante o intervalo de grandes jornadas que realizam todos os anos.
Além de seu patrimônio natural, a Ilhabela ainda conta com a riqueza da cultura caiçara, que se manifesta no artesanato, nas embarcações de pesca, nas pequenas vilas de pescadores e nas festas populares como a Congada de São Benedito e a Procisão de São Pedro. Os antigos caminhos feitos pelos caiçaras formam hoje as dezenas de trilhas que levam a todos os cantos da ilha. Não foi por acaso que já em 1502, quando a ilha foi descoberta, Américo Vespúcio escreveu que se realmente existisse um paraíso na Terra, este certamente estaria muito próximo a esta região, conhecida hoje por Litoral Norte de São Paulo.
Algumas trilhas:
Trilha do Bonete – Conhecida mundialmente como uma das praias mais belas, o acesso é feito por mar ou por uma trilha de 15 km, que começa no borrifos e termina no Bonete, passando por diversas cachoeiras. Lá não existe luz elétrica, a luz vem de um gerador da comunidade, a qual é isolada do resto da Ilha, com seus costumes próprios. Apesar de bem marcada a trilha exige boa forma física para encarar subidas e terreno acidentado durante as quatro a cinco horas de percurso.
Trilha de Castelhanos – Possui 22 km, que constituem a estrada que corta o Parque Estadual de Ilhabela. Pode ser percorrida a pé, de bicicleta e também de automóvel, dependendo da condição da estrada. Cortando regatos, morros e toda a mata, em cerca de seis horas de caminhada chega-se a Praia de Castelhanos. Com ondas agitadas, e enorme faixa de areia branca que cobre os seus 2 km de extensão, a praia conta ainda com dois riachos de água transparente.
Trilha do Pico do Baepi – De grande dificuldade, esta trilha pode ser percorrida em quatro horas de caminhada até atingir-se os 1.058 metros de altitude, de onde pode se avistar a panorâmica da cadeia de montanhas da Ilha, o canal de São Sebastião e boa parte da Serra do Mar. É fundamental ser acompanhado de um guia com experiência e conhecimento da região e é necessária uma autorização da administração do parque para subir.
Trilha da Água Branca – Localizada no início da estrada de Castelhanos esta trilha é de fácil acesso, bem demarcada e possui uma guarita no início dos limites do parque. Três caminhos conduzem a várias cachoeiras de águas cristalinas, com piscinas e duchas e área de piquenique. Um pouco de sorte e inúmeras espécies de pássaros, como o tangará, o trinca-ferro, a araponga e o pica-pau poderão ser observados.
Trilha da Cachoeira da Lage Preta – Conhecida também por Véu da Noiva e Laje Preta esta cachoeira fica a leste da Ilha, em Castelhanos. Por ser de difícil acesso apenas um guia ou morador local com prática em ir até o final da cachoeira. A caminhada dura cerca de duas horas.
Trilhas das Praias Mansa, Vermelha e Figueira – Partindo de Castelhanos pode-se chegar até estas três praias através de uma trilha que sai do lado sul da Baía. São 30 minutos até a primeira praia, onde vale uma pequena parada. Através da mata, seguindo por mais 45 minutos atinge-se a praia Vermelha. A cerca de mais duas horas fica a praia da Figueira. Todas com encantos peculiares, são habitats naturais da fauna e flora da mata Atlântica e de gente que vive da pesca e artesanato.
Trilha do Pico de São Sebastião – Localizada ao sul da ilha esta trilha conduz ao ponto mais alto do arquipélago, atingindo 1.379 metros. Várias trilhas de caçadores tornam o caminho muito difícil. Requer bom condicionamento físico e tem duração aproximada de oito horas. Apenas guias experientes percorrem esta parte da ilha.
Trilha da cachoeira dos Três Tombos – De fácil acesso, se constitui em uma trilha com extensão de menos de 500 metros, na entrada do bairro da Feiticeira. Pode-se visitar as três quedas da cachoeira local.
Trilha do Poço – Fica no final da estrada ao norte da ilha. Após a praia do Jabaquara, seguindo por quatro horas em uma trilha próxima à costeira atinge-se a praia do Poço, onde uma cascata despenca nas areias, formando uma piscina de água doce. Trilha do Veloso – Localizada no sul da Ilha, seu principal atrativo é a queda d’água com aproximadamente cinqüenta metros de altura, com um poço de cerca de setenta metros quadrados e profundidade média de um metro e setenta. Tem duração aproximada de 40 minutos.
Trilhas das praias da Serraria, Caveira, Guanxumas e Eustáquio – A praia da Serraria é composta de uma comunidade tradicional simples e pequena. Partindo dela percorre-se uma hora até a praia da caveira, praia não habitada, porém, belíssima. Daí caminha-se 40 minutos até a praia de Guanxumas, povoada também com uma comunidade tradicional, e por fim, mais 20 minutos até a praia do Saco do Eustáquio, praia esta bem estruturada de bares e restaurantes, movimentada e ótima para a prática do mergulho.
Como chegar
Ilhabela fica a 210km de São Paulo e 350km do Rio de Janeiro. A partir da capital paulista, há quatro opções de estrada: pelas rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Tamoios ou Via Dutra. Em todos os casos, ir até São José dos Campos e de lá seguir para Caraguatatuba, pela Tamoios. Depois seguir para São Sebastião pela Rio-Santos (BR 101). Quem seguir direto pela Rio-Santos, pelo litoral do Rio de Janeiro ou de São Paulo, apreciará o belo visual das praias. Depois, atravessar em uma balsa até a Ilhabela, trajeto que leva cerca de 15 minutos.
Ilhabela com Trilhas & Rumos
Para locais de praia, sol e muita caminhada é fundamental ter em mãos mochilas pequenas e versáteis para levar os acessórios. A Trilhas & Rumos tem algumas opções, como por exemplo a mochila Anaton 18, que possui formato anatômico e espaço para cantil flexível. Possui ainda dois bolsos laterais em tela aonde entram duas garrafas adicionais para hidratação e um bolso frontal com compartimentos internos para celular, canetas, etc.
Outra alternativa é a mochila Crampon 15, perfeita para caminhadas curtas, mountain bike ou pequenas escaladas. Possui espaço para o capacete, além de dois bolsos frontais e alça emborrachada para melhor transportá-la. Tem ainda bolsos laterais em tela, fitas de ajustes, costas ventiladas, barrigueira e peitoral estabilizadores, compartimento para cantil flexível com saída e clip para mangueira de hidrataçã e capa de chuva embutida.
Outra boa opção para caminhadas curtas é o Estojo Acqua, pochete leve, com suporte para duas garras de água e bolso interno para documentos. Contra os inesperados ventos de litoral, sugerimos o Corta-vento Minuano, que é muito leve e compacto e indispensável para ter sempre no fundo da mochila.
Para os que vão acampar, uma boa opção é a barraca Bivak Alumínio. Ela acomoda uma pessoal confortavelmente, com sua bagagem pessoal, e tem apenas 1,7 Kg! Para duas pessoas a melhor alternativa é a barraca Cota 2, que pesa 3,3 Kg. Com formato iglu, seu novo modelo possui duas entradas e armações marcadas com sistema de cores para facilitar a montagem.
Chuvas em regiões de Mata Atlântica são sempre comuns, especialmente no verão. Para se proteger delas, uma dica é o Abrigo Anorak Storm, que tem impermeabilização de resistência a 10.000 mm de coluna d’água e costuras seladas. Possui ainda capuz embutido na gola, com sistema de ventilação que evita a condensação e feito em tecido respirável. É totalmente forrado, vem com zíper duplo e seu bolso vira embalagem para transporte.
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