Dicas e Roteiros

Pantanal

Considerada a maior área alagável do planeta, o Pantanal Mato-Grossense é marcado por sua rica diversidade biológica: são 656 espécies de aves, 263 de peixes, 122 de mamíferos e 93 de répteis vivendo na região. Sua exuberância o tornou um dos destinos de ecoturismo mais procurados do país, e justificou também a declaração da Unesco, em 2000, como Reserva da Biosfera.

O Pantanal ocupa a parte oeste dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, perfazendo 1,8% do território nacional, com uma extensão aproximada de 250 mil km2. Estende-se ainda por parte do Paraguai, Bolívia e Argentina, onde é conhecido como chaco. É coberto por vegetação em sua maior parte aberta, que configura uma das mais ricas e completas reservas de vida selvagem do planeta.

Sua paisagem é marcada por uma incrível diversidade de pássaros, como tuiuiús (considerado a ave-símbolo do Pantanal), araras, águas, colhereiros, cabeças-secas, emas, garças, gaviões, papagaios, marrecos, tucanos, entre outras. É considerado um paraíso para os observadores de pássaros e a melhor época para observar aves é de maio a outubro, época da seca, quando ninhais e viveiros naturais chegam a abrigar até 5 mil indivíduos. Vale destacar também que a região é considerada um dos três mais importantes locais do mundo para as rotas migratórias dos pássaros.

Mamíferos como a capivara (maior roedor do planeta), tamanduás, antas, ariranhas, lontras, porcos-do-mato, macacos, além do maior felino das Américas, a onça-pintada, também fazem parte do cenário. Outro famoso e abundante animal pantaneiro é o jacaré, que pode ser visto se aquecendo ao sol nas margens de lagoas e rios. Ele é um dos pontos altos dos passeios noturnos, quando o brilho de seus olhos reflete a luz das lanternas dos guias e ecoturistas. Outros répteis também se encontram no Pantanal, entre os quais os camaleões, lagartos teiú, jabutis, sucuris e jibóias.

Na época das cheias, de outubro a março, os rios vão aumentando de volume até transbordarem, alcançando até três metros acima do leito nos meses de janeiro e fevereiro, em alguns pontos. Nesta época, o Pantanal fica praticamente intransitável por terra. No restante do ano, o solo forma um excelente pasto para o gado. A partir de abril os rios secam lentamente. O Pantanal também conta com uma das maiores bacias fluviais do Brasil: é atravessado pelo rio Paraguai; por alguns de seus afluentes, como os rios São Lourenço, Sepotuba, Taquari, Miranda, Negro e Nabileque; e por uma rede de quase 150 rios menores.

Toda esta riqueza, entretanto, está sob crescente ameaça da ação humana, seja pelo boom do ecoturismo na região, ou pelo desenvolvimento da pesca e da pecuária. A união Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), num inventário sobre planícies inundáveis, coloca o Pantanal “entre as mais vulneráveis do mundo e talvez a mais exposta, nas próximas décadas, a mudanças tão drásticas, que poderão levar à sua completa destruição”. Se não houver ações pontuais de organização das atividades econômicas da região (com destaque para o turismo ecológico e os serviços a ele agregados) e de controle da degradação ambiental, seus recursos naturais estarão comprometidos para as gerações futuras.

Ecoturismo e Esportes de Aventura

Por ser um local de exuberante beleza natural, o Pantanal acabou se transformando em um cenário perfeito para o turismo ecológico e para a prática de esportes de aventura. No local é possível praticar atividades como parapente, ciclismo, canoagem, caminhada em trilhas, safári fotográfico, pesca recreativa e esportiva, cavalgada e até mesmo snorkeling, em rios de água incrivelmente translúcida. Recomenda-se que toda atividade seja realizada com acompanhamento profissional de instrutores, monitores ou guias, e com extremo respeito a um ambiente tão delicado.

A região já serviu de palco para diversas competições, como a Volta Ciclística do Pantanal, realizada anualmente, os Jogos Internacionais de Aventura do Pantanal e o X-Pantanal, competição de vôo livre, além de rallies e corridas de aventura.

Entre as cidades mais visitadas vale citar Bonito, Jardim, Miranda e seus arredores, localizadas no Mato Grosso do Sul, distantes cerca de 1.300 km de Brasília (passando por Campo Grande – MS, Cuiabá – MT e Goiânia – GO). O ecoturismo nesta região do Pantanal, especialmente em Bonito, é considerado um dos mais organizados em todo o mundo. Lá se encontram rios de águas límpidas e transparentes, como o rio Olho d’Água, afluente do Rio da Prata, onde os turistas são levados a inesquecíveis passeios de flutuação (floating), viajando pelas belas paisagens subaquáticas. Como indica o próprio nome, é “bonito” demais.

À noroeste, a 100 km de Miranda (MS), uma parte significativa do Pantanal sulmatogrossense é cortada pela Estrada Parque do Pantanal. O Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, localizado na divisa dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e separado de Bonito pela Serra da Bodoquena, é outro local de destaque.

A cidade de Corumbá (MS), abriga a maior concentração de hotéis na região e conta com agências de turismo especializadas que oferecem todo o tipo de atividades ligada ao meio ambiente. A atividade de pesca também é forte na região, representada pela presença de pequenas embarcações de barco-hotéis que navegam pelo rio Paraguai em busca de locais conhecidos como pesqueiros. O acesso por carro à região é feito pela BR-262.

A pesca esportiva, permitida fora do período da piracema (em geral entre setembro e janeiro) é uma das atividades mais procuradas na região. Com cerca de 300 espécies de peixes, lá se pode pescar dourados, jaús, pacus, pintados, piraíbas, piracanjubas e piraputangas, além da famosa e temida piranha – cuja caldo, prato típico local, é tido como afrodisíaco.

No Pantanal também é possível fazer cruzeiros fluviais em barcos usados em geral para pescarias e que navegam principalmente pelos rios Paraguai, Taquari, Cuiabá e São Lourenço, em roteiros que combinam pesca, observação de animais e visitas a refúgios e reservas naturais.

Para concluir, é impossível falar de Pantanal e não citar as grandes fazendas de criação de gado de corte, onde o peão boiadeiro reina absoluto com sua rusticidade, cultura e rico folclore.

Pantanal com Trilhas & Rumos
Para levar lanche e acessórios nos passeios feitos nos Pantanal, uma boa dica é a mochila Anaton 18, que possui formato anatômico e espaço para cantil flexível. Outra opção é a mochila Crampon 15, perfeita para caminhadas curtas. Tem bolsos laterais em tela, fitas de ajustes, costas ventiladas, barrigueira e peitoral estabilizadores. Ainda para caminhadas curtas, sugerimos o Estojo Acqua, pochete leve com suporte para duas garras de água e bolso interno para documentos.
Uma boa opção de vestuário é a camisa Sec Tec, que é feita em poliéster e seca rapidamente após lavar. Não deixa cheiro, é leve, compacta e não amarrota. Ótima para levar para ser usada nas caminhadas. Para agüentar os inesperados ventos, sugerimos o Corta-vento Minuano, que é muito leve e compacto e indispensável para ter sempre no fundo da mochila. E para as possíveis chuvas, a dica é o Abrigo Anorak Storm, que tem impermeabilização de resistência a 10.000 mm de coluna d’água e costuras seladas.

Em tempos de frio, o Saco Mantafleece é ao mesmo tempo um cobertor, um poncho e um saco de dormir. Feito em tecido do tipo Polar, idêntico ao usado em nossos casacos Thermotex, ele reúno boa proteção contra o frio (até +10º C) com volume pequeno.

Uma boa sugestão de acessório é a Toalha super absorvente Coghlans, que absorve 10 vezes o seu peso em água, ou seja, é pelo menos três vezes mais eficiente que uma toalha comum de algodão. Ao torcê-la, é possível retirar até 90% da água absorvida, deixando-a pronta para o uso.

Outro acessório interessante para ser levado para o Pantanal é a Bolsa Impermeável Coghlan’s. Ótima para proteger documentos, dinheiro, máquina fotográfica, mapas, fósforos ou qualquer objeto que deva ficar longe da água. Feita em PVC resistente, possui fechamento por sistema exclusivo e ainda acompanha um cordim de náilon. Não deve ser utilizada em Mergulho.


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