Localizado no litoral sul do Estado de São Paulo, na divisa com o Paraná, o Parque Estadual da Ilha do Cardoso resguarda uma rica vegetação de Mata Atlântica e alto grau de diversidade biológica. O local, reduto dos jacarés-de-papo-amarelo, conta com várias trilhas que cortam a ilha e ainda oferece aos visitantes atividades como mergulho e surf. Além disso, é possível fazer trilhas pelo manguezal e subir o Morro das Almas.
Com uma área de 140 km2, sendo 90% coberto de Mata Atlântica, a ilha também conta com costões rochosos em sua paisagem, além de restinga e manguezais. A ilha tem duas faces bem definidas: a do lado oceânico, com águas claras, praias de ondas fortes, praias com costões rochosos e densa vegetação atlântica que, em alguns trechos, chega bem próximo ao mar; e a do lado interior, com uma vegetação predominante de manguezais, quase colada com o continente, apenas margeada por vários canais. Na ilha não há veículos, por isso o acesso às praias só é possível a pé, por meio de trilhas.
O parque integra o Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá, que se estende pelo litoral desde Peruíbe (SP) até Paranaguá (PR). É considerado um dos maiores criadouros de espécies marinhas do Atlântico sul, sendo prioritária a sua conservação.
A rica biodiversidade é facilmente percebida em sua paisagem ou no contato com os animais. Árvores altas, como cedros e jequitibás, com mais de 50 m de altura, estão entre bromélias e mais de 400 aves catalogadas. Espécies como biguás, atobás, papagaios-de-cara-roxa, fragatas e muitas outras também residem neste paraíso. Dentre os animais maiores estão os macacos bugio e o monocarvoeiro, veado mateiro, lontra e, no mar, cinco espécies de tartarugas marinhas e o simpático boto cinza, que costuma aparecer na Baía do Trapandé (entre Cananéia e a Ilha do Cardoso), fazendo acrobacias aquáticas para chamar a atenção dos visitantes.
Além de grande importância ambiental, há que se destacar sua relevância histórica, já que o local possui numerosos sambaquis (sítios arqueológicos), ruínas de ocupação humana do período colonial e um marco do Tratado de Tordesilhas.
Para chegar até a Ilha do Cardoso é preciso ir até a cidade de Cananéia, a 272 km de São Paulo, pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116). De lá partem os barcos às segundas, quartas e quintas-feiras. O percurso tem duração de três horas aproximadamente e chega na Vila do Maruja, considerada a capital da Ilha. Para se hospedar, há opções de pousadas, na residência de moradores do lugar ou acampamento. A Ilha conta com algumas comunidades caiçaras, formada por pescadores, que atualmente têm o turismo como fonte substancial de renda. Outra alternativa para quem vai se hospedar na ilha é o Núcleo Perequê (13 – 6851-1108 / 6851-1163), a base operacional do parque, onde existe um alojamento para 85 pessoas dispostas a aventuras e pouco conforto.
Por sua tranqüilidade, a Ilha do Cardoso é o local ideal para um bom descanso ou retiro. A Praia do Kayan, entre Camboriu e Fole Pequeno, é o lugar ideal para isso. E para quem gosta de um banho de cachoeira, estão à disposição a Cachoeira Grande, Cambriú, Serra e Ipanema.
Sugestões de roteiros:
Trilha para a Cachoeira Ipanema – São 13 km de caminhada de fácil acesso. O passeio começa perto da Vila do Marujá e tem como destino a Cachoeira Ipanema, dentro da Mata Atlântica. Durante o percurso, é possível observar pequenas dunas (de2 metros de altura).
Trilha do Poço das Antas – A planície litorânea, o Rio Perequê e parte da mata que encobre as encostas dos morros, são as atrações dessa trilha de fácil caminhada que tem 2,5 km de extensão, percorridos de forma bem tranqüila em três horas e meia (ida e volta). Lontras, cágados e jacarés-de-papo-amarelo fazem parte do roteiro.
Trilha do Morro das Almas – De fácil caminhada e com extensão de 2 km, essa trilha leva o visitante a perceber como a vegetação vai se modificando na medida em que se caminha pela planície litorânea em direção às encostas da Serra do Mar. As bromélias, das quais 41 espécies já estão catalogadas no Parque, são algumas das atrações dessa trilha que o visitante leva cerca de três horas para completar.
Trilha do mangue – Chamados de berçários dos oceanos, os mangues são ambientes muito especiais onde a mistura das águas doce dos rios e salgada do mar. Essa é a paisagem que o visitante observa percorrendo 700 metros, de dificuldade média, que seguem o curso do Rio Perequê até a Praia do Pereirinha, onde se pode tomar um bom banho de mar.
Trilha do sambaqui e costão rochoso – Uma aventura arqueológica em que se descobre fragmentos de ossos, conchas e outros objetos com milhares de anos, é a atração dessa caminhada que leva o visitante aos sambaquis (sítios arqueológicos) que ficam no meio da mata. De dificuldade média, a trilha percorre o interior da floresta de encosta e os costões rochosos. Uma hora e meia é o tempo necessário para percorrer o passeio de 1 km.
Trilha da Ilha do Cardoso até Cananéia – Seguindo na direção Norte, segue de Marujá até Cananéia. Esta caminhada não deve ser feita por iniciantes pois exige preparo físico e dois dias por entre praias, trilhas da Mata Atlântica e Costões Rochosos. Recomenda-se a companhia de um guia ou nativo.
Ilha do Bom Abrigo – A uma hora de barco ou vinte minutos de lancha, é possível chegar a esta ilha, ideal para mergulhar. Lá pode-se observar uma grande variedade de peixes. No centro da ilha encontram-se ruínas de um antigo forno utilizado para o processamento do óleo de baleia.
Ilha da Figueira – Este é o melhor ponto de mergulho da região. É comum encontrar pessoas praticando a pesca submarina. A visibilidade da água alcança até 10 m de profundidade e é possível flagrar tartarugas e raias nadando por lá.
Ilha do Cardoso com Trilhas & Rumos
Um acessório importante na Ilha do Cardoso, que não deve faltar na bagagem, é uma mochila que tenha tamanho versátil o suficiente para ser usada nas caminhadas diárias. Uma boa sugestão é a Crampon 38, que possui bolso frontal e acesso pelo fundo, além de bolsos laterais para colocação de cantis e bolsinhos menores na barrigueira para coisas pequenas. Outra boa opção para caminhadas curtas é o Estojo Acqua, pochete leve, com suporte para duas garras de água e bolso interno para documentos.
Por se tratar de caminhadas em praia, com muito sol, é fundamental cuidar da hidratação. A Trilhas & Rumos possui várias opções de cantis, entre eles o Cantil Flexível Hidrat 2, que comporta dois litros de água e é adaptável a diversos modelos de mochilas. A saída de água é feita por uma mangueira que, conectada ao cantil, chega até a boca do usuário e permite que ele beba mesmo em movimento.
Outro acessório interessante para ser levado é a Bolsa Impermeável Coghlan’s. Ótima para proteger documentos, dinheiro, máquina fotográfica, mapas, fósforos ou qualquer objeto que deva ficar longe da água. Feita em PVC resistente, possui fechamento por sistema exclusivo e ainda acompanha um cordim de náilon. Não deve ser utilizada em Mergulho.
Para agüentar os inesperados ventos, sugerimos o Corta-vento Minuano, que é muito leve e compacto e indispensável para ter sempre no fundo da mochila. Outra boa opção de vestuário é a camisa Trilhas Pro, que pode ser usada isoladamente ou em conjunto com casacos. É feita em tecido revolucionário, que diminui os pontos em contato com a pele através de micro-almofadas.
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