* Muitos parques nacionais já possuem locais determinados para acampamento, mesmo aqueles dito selvagem (que não possuem nenhuma estrutura como banheiro e água encanada). Se informe onde eles estão localizados e respeite-os.
* Quando não existir um local previamente determinado, procure um que seja relativamente plano, não tão exposto a ventos, raios etc, como as arestas e cumes, e com chão que permita o uso dos specks (chão de pedras são os piores, mas podem servir se você, ao invés dos specks, utilizar pedras amarradas nas fitas estabilizadoras). Para quem não sabe, specks são aqueles ganchinhos utilizados para prender a barraca ao chão.
* Esteja relativamente próximo a um curso de água, para poder cozinhar à noite e pela manhã. Caso isto não seja possível, certifique-se de que tem água suficiente na mochila. Para isso, um bom planejamento é fundamental, levando na mochila recipientes coletores de água como garrafas vazias e cantis. De nada adiantará uma decisão de última hora, quando você não terá como acondicionar toda a água necessária para a sua sobrevivência. Lembre-se: a sede é muito mais grave que a fome!
* Ao definir um local para acampamento, tenha em mente algumas regrinhas básicas de mínimo impacto: “Não deixe rastros” procure não deixar indícios da sua passagem pelas montanhas e, se possível, leve isto às últimas conseqüências… Assim, tudo o que você levou, traga de volta! Não deixe de trazer inclusive as cascas de frutas e papel higiênico usado, pois eles também poluem, inclusive visualmente mesmo sendo biodegradável. Além do mais, no caso das frutas, você poderá estar introduzindo espécies que não pertencem ao ecossistema por onde você está passando. Trate a água que for beber. Enterre as fezes a pelo menos 15 cm do chão e a mais de 40 metros de um curso d’água. Não faça muito barulho e respeite a lei do silêncio nos acampamentos. Se alguém não tem experiência no grupo, seja responsável também pela formação desta pessoa, ensinando-a regras de ética e boa conduta no mato.
* Independe o terreno e as condições climáticas que se está, ao montar a barraca o faça como se fosse morar nela por um mês, mesmo que seja por apenas uma noite. Ventos e tempestades chegam de surpresa e melhor surpreendê-los com uma casa bem armada, que ser surpreendido por eles, vendo a casa voar e/ou rasgar em um piscar de olhos…
* No gelo e na neve, o curso de água não existe… Escolha um local relativamente protegido, se isso for possível, e distante de gretas, para não ter o perigo de cair nelas em uma saída noturna para ir ao banheiro, por exemplo. Se o local não for protegido, prepare-se para construir uma mureta ao redor da barraca (uma pá é fundamental, nestes casos).
* Monte a barraca com a porta de costas para o vento predominante. Em linhas gerais, na Patagônia, por exemplo, ele chega do sul, muito forte, trazendo o tempo ruim. No Alasca, ele costuma chegar do norte, também forte e trazendo o tempo ruim. Esteja de costas para ele… No Brasil, na maior parte das vezes, ele também vem do sul ou sudoeste, quando carrega a frente fria com ele. Ventos de leste costumam ser prenúncio de chuvas de verão no sudeste brasileiro e também podem chegar forte. Este item é fundamental em casos extremos, ou seja, ao se acampar em lugares muito expostos, como cristas e arestas, com muitos ventos e em altitude.
* Estude a região que irá montá-la antes de prendê-la ao chão. O quão inclinada será a noite? Tem algum graveto ou pedra no meio do chão da barraca e que ainda não foi tirado? Se chover, estarei protegido da água que escorrerá pelo chão? Estou em um local onde ela poderá escoar facilmente? Alguns solos podem encharcar durante a noite esteja certo de não estar montando a sua casa em cima de um lago… Boas Trilhas e boas noites ao ar livre… Texto: Helena Artmann
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