Caminhada

Caminhar e acampar no inverno

Para aqueles que não gostam do frio, a sugestão é simples: proteja-se, esteja bem equipado e o frio não te incomodará! O inverno costuma ser a época de seca em boa parte do sudeste brasileiro, e por isso é a estação ideal para atividades ao ar livre.

Apesar de o Brasil não ter neve permanente em suas montanhas, muitas estão em altitudes superiores a 1.500 m, 2.000 m, o que as torna muito frias. Mas nada que um bom equipamento não segure! Algumas dicas podem ser valiosas e o deixarão mais confortável e seguro. Siga-as e aproveite os lindos dias de céu azul e temperaturas baixas que costumam vir com esta época do ano…

  • Comece com caminhadas curtas, cheque a previsão do tempo e vá preparado para o pior. Nunca saia de casa sem um anorak na mochila!
  • Esteja com pessoas mais experientes que você ou tenha certeza que sabe usar o mapa e a bússola corretamente. Se perder não é a melhor coisa do mundo, principalmente se você for um iniciante nas trilhas.
  • Beba muito líquido, mesmo sem sentir sede – cuide-se para não se desidratar e lembre-se que uma trilha consome pelo menos três vezes mais calorias que uma caminhada em terreno plano e liso.
  • Coma com frequência. Leve biscoitos e lanchinhos mais calóricos que os lanches de verão, como frutas secas e muitas nozes, barra de cereais etc. Lembre-se que queimar calorias ajuda a esquentar. E carregue-os sempre em locais de fácil acesso.
  • Se vista em camadas – um material sintético e fino como o polipropileno deverá ficar colado ao corpo, com a propriedade de secar no corpo e afastar o suor em contato com sua pele. A fibra polar, como por exemplo a Jaqueta Trilhaswind, o Abrigo Trilhasblock (versão feminina), o Abrigo Thempuse o Thermotex Gazelle, da Trilhas & Rumos, devem ser usados depois e é a camada quente. O Abrigo Parkha Andes ou a Parkha Klima, feitos em tecido Dry Tech, vêm por último, protegendo-o do vento e da umidade.
  • Lembramos apenas que o anorak ou parkha são itens indispensáveis o ano inteiro, assim como as calças impermeáveis, os cobertores de emergência e os isolantes térmicos!
  • Além dos casacos, A Trilhas & Rumos oferece um modelo de calça anorak: a Climatic, feita com o tecido Dry Tech, assim como as Parkhas. Todos os produtos da nossa linha de Vestuário são impermeabilizados, agüentam pelo menos 1.200 mm de coluna d’água e possuem costuras seladas.
  • Não esqueça de um bom par de meias, luvas, pescoceira e um excelente gorro, como por exemplo oGorro Inverno, de nossa linha. Pelo menos 25% do calor do corpo sai pela cabeça.
  • São as camadas que criarão bolsões de ar que não deixarão o calor produzido pelo seu corpo sair e o protegerão do frio exterior. O ar é um dos isolantes mais poderosos que existem e nos valemos dele para nos esquentarmos. Já o vento rouba o pouco de calor que produzimos e, neste caso, o melhor a fazer é abrigar-se dele.
  • Outra boa função das camadas é facilitar na hora de “medir” a temperatura. Está muito quente? Tire uma ou duas camadas e já refrescará. Está frio? Acrescente camadas…
  • Deixe em casa duas coisas muito importantes para o dia-a-dia das cidades e absolutamente supérfluas/quase perigosas para o dia-a-dia ao ar livre: calça jeans e camisetas de algodão. Ambas demoram para secar e não esquentam quando molhadas – pelo contrário, resfriam tremendamente e, claro, deixam o corpo gelado!
  • Cachecol não funciona para quem pratica esportes ao ar livre, pois tem pontas e pode ser perigosíssimo, estrangulando o usuário em caso de queda durante uma escalada, por exemplo. O ideal mesmo é usar pescoceiras, normalmente feitas de fibra polar, e que nada mais são que o bom e velho cachecol sem pontas! Visto de outra forma, é uma gola grande protegendo sempre seu pescoço, mesmo quando o casaco está aberto.
  • Para quem tem cabelo curto ou apenas sente muito frio nas orelhas, ao invés de usar gorros procure aquelas tiras para esquentar a orelha. São excelentes e muito úteis no clima brasileiro – mas não dispense o gorro!
  • Leve chapéu ou boné para o dia e gorros para a noite. Bons óculos escuros também são importantes.
  • Se a sua caminhada inclui um pernoite ou mais, carregue sempre roupas extras e secas (dentro de sacos plásticos ou de alguma outra forma bem protegido da umidade) e troque-as tão logo a barraca esteja montada e você tenha um lugar seco e quente para se abrigar. A vantagem de usar equipamentos sintéticos como gorros, luvas e meias é que, durante a noite, você poderá secá-los com o calor de seu próprio corpo bastando, para isso, colocá-los dentro do saco de dormir. Mas – atenção! – isto só funciona com tecidos sintéticos. Nem perca tempo tentando secar uma camiseta de algodão assim…
  • Garrafas de água que suportam temperaturas altas podem servir de ‘saco de água quente’. Encha-as com água quente e coloque-as dentro do saco de dormir, para esquentar.
  • Se exercitar um pouco antes de entrar no saco de dormir irá aumentar a sua temperatura corporal – entre no saco e “aprisione-a” ali dentro. Mas não deixe de dormir com o gorro na cabeça ou feche muito bem o gorro do seu saco de dormir!
  • Tenha um bom isolante térmico, que o afaste do frio do chão, como por exemplo o Isolante Matratzeou o Isolante Light, da Trilhas. Você pode usar, também, o Cobertor de Emergência da Coghlan’scomo chão dentro da barraca, para aumentar o isolamento.
  • E, por ser muito leve e eficiente, o Cobertor de Emergência da Coghlan’s também pode ser usado em volta de seu saco de dormir, aumentando em até 5º C a capacidade de aquecimento do saco.
  • Certifique-se que deixou sua barraca ventilada para a noite. Por mais frio que esteja lá fora, a barraca irá condensar por dentro com o calor de seu corpo e deverá estar ventilada para minimizar esta condensação.
  • Em hipótese alguma você deverá se fechar totalmente dentro de seu saco de dormir! Seu rosto deverá ficar do lado de fora, para que você respire normalmente. Mas você pode e deve fechar todos os zíperes, colar térmico e gorro em volta de sua cabeça, para minimizar a perda de calor durante a noite.
  • Escolha um local apropriado para montar sua barraca, de preferência abrigado do vento e que receba o sol da manhã, para secar seu equipamento antes de guardá-lo na mochila. Tenha certeza que o chão não empoça.
  • Nunca cozinhe dentro da barraca! O gás e o fogo poderão roubar todo o oxigênio que existe dentro da barraca, podendo inclusive provocar a morte dos usuários. Fora isso, as barracas são feitas de náilon e, portanto, pegam fogo com facilidade.
  • Teste todo o seu material ANTES de sair de casa. Lanternas, fogareiros e barracas devem estar funcionando em perfeito estado e não esqueça de pilhas e combustíveis extras.
  • Em alta montanha ou escaladas em paredes verticais (big wall) é bastante comum usar uma “garrafa-banheiro”, para não ser necessário sair do quente da barraca durante a noite, para fazer pipi. Durante o inverno, esta pode ser uma prática confortável mesmo no Brasil – reter líquido indesejado consome um importante calor de seu corpo. Mas marque esta garrafa de forma bastante chamativa, para não confundi-la com a garrafa d’água…
  • Para prevenir bolhas, use duas meias, uma mais fina por baixo e outra, um pouco mais grossa, por cima. E carregue sempre um par seco na mochila, para as noites.
  • Tenha também boas botas de trekking, de preferência de cano alto, que darão estabilidade e conforto a seus pés, e aproveite para impermeabilizá-las. Lembre-se que, se seus pés doerem, você não sentirá prazer.
  • Guarde tudo dentro de sacos plásticos separados e sem furos. Por cima da mochila, uma capa de náilon, como a Capa Caramujo ou a que vem embutida em várias mochilas de nossa linha. E garanta uma noite quentinha em qualquer lugar onde você estiver.
  • Os dias são mais curtos no inverno, ou seja, a noite chega mais cedo. Planeje sua caminhada ou qualquer outra atividade de acordo com os horários do sol, para que você tenha tempo suficiente de armar o acampamento antes da noite chegar. O fim da tarde costuma ser um horário bastante frio – se você já puder estar com tudo pronto e aquecido com uma roupa limpa e seca, tanto melhor!

Por Helena Artmann, atualizado por Márcia Soares, em agosto de 2010.


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