A Chapada Diamantina é, sem dúvida, um dos mais belos parques nacionais brasileiros. Localizado no estado da Bahia, conta com uma paisagem diversificada, com trechos de Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga e Campos Rupestres, incluindo belíssimas cachoeiras, riachos e poços d’água.
Uma das mais conhecidas caminhadas dentro do parque é a travessia Lençóis-Andaraí, considerada por muitos montanhistas uma das mais bonitas do Brasil. São, aproximadamente, 70 km de trilha que atrai pessoas de todo o país, e até mesmo do exterior. O roteiro pode levar de três a cinco dias, dependendo da disposição e do caminho escolhido. Por sua distância e complexidade, é recomendável o acompanhamento de um guia local ou de uma empresa de ecoturismo. Até mesmo porque existem diferentes alternativas de trilhas e locais de pernoite neste percurso. Os trechos mais conhecidos serão descritos a seguir, para dar uma idéia de como é encantadora esta travessia que atravessa o coração da Chapada Diamantina.
A histórica cidade de Lençóis é o ponto de partida. Seguindo por caminhos escarpados das serras dos Lençóis e Ribeirão, acompanha-se o curso do Rio Ribeirão, entre canyons e vales abertos. Esta trilha foi aberta no século XIX pelos garimpeiros de diamante para facilitar o abastecimento da cidade de Lençóis, com produtos provenientes do Vale do Capão.
O Vale do Ribeirão, na parte mediana da trilha, foi cenário de vários garimpos, cujos vestígios podem ser conferidos pelos que fazem esta caminhada. Um dos destaques deste primeiro trecho, que vai de Lençóis até o Vale do Capão, são as campinas onde está localizado o Morrão (Monte Tabor – 1.480 metros), local de rara beleza. A partir deste ponto o percurso segue para o sul por mais 12 km na direção do Capão, totalizando uns 23 km neste primeiro dia. Uma média de oito horas de caminhada relativamente leve e sem muito desnível. Os que não têm muito tempo disponível podem fazer somente este primeiro trecho da travessia.
Chegando à vila do Capão, vale a pena fazer um desvio estratégico até a cachoeira da Fumaça, considerada uma das maiores do país. A visão do acesso à trilha até a Fumaça é de um caminho sinuoso, riscado em meio a uma cobertura vegetal de encosta. Através desta trilha de muita subida, que leva em torno de uma hora para ser percorrida, chega-se ao local onde a cachoeira despenca seus 340 metros de queda d’água. Por sua altura e pouco volume de água ela quase vira fumaça antes de tocar o chão.
Uma alternativa que também parte da cidade de Lençóis é fazer a caminhada conhecida como “Fumaça por baixo”, que chega aos pés da cachoeira e passa por lugares belíssimos. Para dar continuidade ao percurso é necessário retornar à vila do Capão. Ao atravessá-la chega-se ao povoado do Bomba, onde inicia uma longo subida em direção aos Gerais do Vieira. O lindo visual do Morro Branco e do Morrão compensa o esforço. Os “Gerais” são, na verdade, uma vasta planície de relevo ondulado, vegetação rala e baixa, dominada por gramíneas e plantas típicas dos campos rupestres, das quais as Sempre-vivas se destacam. Até o morro do Gaúcho leva-se entre quatro e cinco horas.
Para cortar os Gerais do Viera existem várias trilhas, permeadas por poços e cachoeirinhas, com um visual que deslumbra qualquer turista. Acampar no meio dos gerais é uma boa alternativa para quem segue para o Vale do Pati.
Em direção ao Morro Branco do Pati, chega-se até a conhecida “Ruinha” ou “Igrejinha”, onde se pode pernoitar no final do dia, após um total de aproximadamente nove horas de caminhada, neste segundo dia. O lugar tem esse nome porque durante o ciclo do diamante, havia ali uma vila, passagem obrigatória de garimpeiros e escravos que trabalhavam na região. Hoje, a única lembrança que resta da antiga vila é exatamente uma igrejinha, em ruínas, ainda com o seu altar e santos e uma bíblia antiga, em latim. Vários nativos transformaram suas casas em pequenas pousadas (como por exemplo o Seu Wilson, Seu Eduardo e Seu Massú), onde é possível, além de se hospedar, comprar algumas frutas e verduras.
Do Vale do Pati segue-se em direção à “Prefeitura”, na verdade, uma casinha o meio do nada, sem portas ou janelas, onde os boiadeiros e burreiros da região param para um descanso antes de subirem a Trilha do Império, trajeto que levará até Andaraí. Da Prefeitura até o Cachoeirão leva-se mais umas três horas.
O Cachoeirão é um vale adjacente ao vale do Pati que termina em um paredão majestoso do qual despencam várias cachoeiras de uma altura de 200 metros. Para chegar até Andaraí é necessário, então, enfrentar a “Ladeira do Império”, subida íngreme com mais de 400 metros de desnível, calçada, que oferece uma das mais belas vistas panorâmicas da Chapada. No “assentado”, topo da ladeira, inicia a descida até Andaraí que serpenteia em zigue-zague, sem muita dificuldade, no meio de antigos garimpos de diamante e rala vegetação rupestre. Da prefeitura até Andaraí são cerca de nove horas de caminhada. A cidade de Andaraí (nome que significa rio dos morcegos, em linguagem indígena) é o ponto final desta belíssima travessia.
Para retornar à Lençóis é necessário seguir de carro, em viagem com duração média de duas horas. É sempre bom lembrar que a travessia do Pati só deve ser realizada com guia especializado. Além das agências de ecoturismo que costumam operar o destino, os montanhistas podem contratar guias locais diretamente na cidade de Lençóis. E…boa trilha!
Lençóis-Capão com Trilhas & Rumos
Por ser uma travessia de vários dias, é fundamental considerar neste roteiro o peso que será carregado durante a caminhada. A Trilhas & Rumos oferece vários equipamentos de ponta com peso e volume ideais para atividades como esta.
Uma boa opção é a barraca Bivak Alumínio. Ela acomoda uma pessoal confortavelmente, com sua bagagem pessoal, e tem apenas 1,7 Kg! Para duas pessoas a melhor alternativa é a barraca Cota 2, que pesa 3,3 Kg. Com formato iglu, seu novo modelo possui duas entradas e armações marcadas com sistema de cores para facilitar a montagem.
Outro produto indicado para a travessia é o saco de dormir Super-Pluma, que possui apenas 1 kg de peso e pode ser usado como saco de casal, quando unido pelo zíper (deve-se adquirir o zíper com lados opostos, left e right). Sua proteção térmica é de até +4 graus Celsius, mais que suficiente para o clima da Chapada Diamantina.
Além disso, vale lembrar que o conforto de uma caminhada de muitos dias está diretamente ligado à boa qualidade da mochila cargueira. Afinal de contas, ela ficará grande parte do dia grudada em você. Uma boa dica é a mochila CramponTech 72, que possui altura das costas ajustável pelo sistema Quik Fit System. O acolchoamento das costas é macio e projetado para melhorar a ventilação.
Para os que carregam apenas o mínimo necessário, ou pretendem ir acompanhados por uma agência de ecoturismo, o modelo Crampon Tech 48 é o tamanho ideal. Ambas são muito confortáveis, vêm com capa de chuva embutida e têm acesso pelo fundo. Considere também o novo modelo de mochila média Alpina 42.
Também é recomendável levar um kit de primeiros socorros, como o Estojo SOS da Trilhas & Rumos, ideal para guardar bandagens, esparadrapo, curativos e remédios para emergências. Mais informações na Internet:
http://paginas.terra.com.br/turismo/paxdei/roteiros.htmlhttp://www.ecotrekkingaventuras.com.br/roteiro_Trekking_ch.htmhttp://www2.uol.com.br/JC/_2001/0309/tu3008_10.htmhttp://www.penomato.com.br/roteiros/roteiro_paty.htm http://inema.com.br/mat/idmat000205.htm
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