Presente no noticiário, a epidemia de dengue têm deixado todos assustados pelo número excessivo de casos de microcefalia associada ao Zika Vírus. Com isso, as pessoas têm buscado alternativas para se proteger da picada do Aedes aegypti. Nesse cenário de luta contra o mosquito transmissor das doenças, os repelentes (têm) são bons aliados. Mas qual será o tipo de repelente ideal para combatê-lo? E será que qualquer pessoa pode usá-los?
Segundo dermatologistas, há diferenças sim e muitas, especialmente quanto à duração da proteção. Além disso, é preciso verificar que, para as crianças, os produtos são diferenciados. E, vale destacar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, considera seguro todos os repelentes disponíveis no mercado para uso em gestantes.
Os repelentes a base da substância DEET (dietiltoluamida) são seguros até a concentração de 10-50%. No mercado, o máximo disponível tem 14,5% de DEET. Ele dura aproximadamente 4 horas. Como já existiram relatos de casos de resistência do mosquito transmissor da Zika, pelos repelentes a base de DEET, os especialistas recomendam, portanto, os outros repelentes citados a seguir.
Tipos de repelentes disponíveis:
– Icaridina: tem tempo de ação maior, até 10h, e é por isso um dos mais recomendados para gestante, já que não precisa ser reaplicado várias vezes.
– Repelentes IR3535: são mais hipoalergênicos e podem ser usados em crianças a partir de seis meses e também nas gestantes. Porém, seu tempo de ação também é em torno de 4 horas.
Recomenda-se o uso e reaplicação do repelente no período da manhã, pois o horário de pico do mosquito é entre 7h e 10h, e no final da tarde. Por isso, dê sempre preferência no uso e reaplicações nessa hora. Evite passar no rosto e não se esqueça das pernas e pés, já que o mosquito voa baixo, dando preferência a essas áreas. Como cada repelente tem uma forma e intervalos para passar o produto, é importante ver a bula.
Nas gestantes, principalmente, onde a precaução deve ser redobrada, a orientação é borrifar o repelente também por cima das roupas, já que a formação de uma “nuvem” da substância ajuda ainda mais a repelir o mosquito.
Conheça outros métodos de proteção contra o Aedes aegypti:
– Barreiras: há a opção de uso dos métodos de barreira, entre eles, usar blusas e calças compridas. Além disso, não é recomendado frequentar locais descampados com muita vegetação e dormir com ventiladores ou ar condicionado.
– Repelente caseiro: geralmente os repelentes caseiros são uma opção. Geralmente são feitos à base de citronela, andiroba e alfazema. De acordo com especialistas, sua eficácia é pouco testada e, por isso, não devem substituir os comercializados.