Gostaria de participar do concurso “Trilhas da Independência”. Afinal, também tenho minha história para contar, mas devido a sua grande extensão, pretendo resumir aqui em algumas linhas.

Existe um manuscrito muito antigo aqui no Brasil, mas você nunca vai ler em um livro de história. Ele conta sobre uma cidade perdida no interior da Bahia e, talvez, os primeiros povos que habitaram nossa nação muito antes da chegada dos Portugueses. Trata-se do Documento 512 que consiste em um dos arquivos da época do Brasil Colonial, sendo a base da MAIOR “fábula” arqueológica nacional e está guardado no Acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro a sete chaves.
Felizmente o IGHB – Instituto de História e Geografia do Brasil – o digitalizou e colocou à disposição do público em sua biblioteca virtual. Foi quando o conheci.

Desde então, segui as pistas inimagináveis dentro do documento, andei por lugares jamais aventurados por novos exploradores, segui os rastros de um padre jesuíta que por cá se aventurou há 150 anos, além de um naturalista chamado Percy Falcetw (o verdadeiro Indiana Jones), de
um coronel das forças britânicas, Sullivan Beare, mas sempre dando assunto a antigas histórias locais sobre uma secular “aldeia de pedra” escondida.

Véspera de 7 de Setembro, partir novamente para meu destino, e somente minha mochila montanha 75 e meu telescópio sabem o sufoco e alegrias que passamos durante aqueles dias. Fomos surpreendidos pela chuva (apesar de ter sido avisado sobre ela), sendo possível o abrigo durante
um dia inteiro agachado sobre uma grande laje de pedra. Improvisei uma fogueira em seguida e montei ali meu acampamento de 3 dias.

Consegui chegar onde queria, mas infelizmente não pude prosseguir viagem devido à falta de equipamentos básicos, a comida já quase escassa, férias acabando…

Mas enfim encontrei o que procurava, ou pelo menos uma parte, sendo possível admirar somente de longe, mas com a certeza que muito em breve retornarei, e quando retornar, talvez eu tenha uma história para contar.

Escrito por

Gui Barreto.