Blog

Destino Pedra dos Cablocos – Pernambuco


Era por volta de cinco horas da manhã, como de costume acordei com o canto de um rouxinol que instalou seu ninho na caixa de energia da casa onde moro. E nada mais agradável que acordar com seu belo e sonoro canto. Após escovar os dentes e tomar um banho rápido, peguei minha
companheira de aventura e viagens dos últimos 5 anos, minha querida e inseparável mochila Alpina 43 da Trilhas e Rumos, que em tantos e tantos locais e aventuras já me acompanhou sem nunca me deixar na mão.

Checklist feito, tudo organizado, me vesti e parti ao encontro dos companheiros de aventura. Logo estava na companhia de dois deles: Granada com sua Crampon 48 Também da T&R, o qual me indicou a marca, e que possui a mesma a mais de 6 anos; e Cão Branco com Sua Crampon 68
também da T&R, adquirida há pouco mais de um ano por indicação nossa.
Normalmente seríamos apenas os 3, talvez mais um companheiro, mas o feriado de Independência permitiu reunir uma turma bem maior: 14 pessoas no total. Duas gerações, contendo pai e filho, mateiros já experientes e adolescentes em seu primeiro camping.

Às sete da manhã estávamos todos no ponto de lotação que leva até Serra dos Ventos, distrito de Belo Jardim no estado de Pernambuco. Nosso destino,

, uma bela formação rochosa já bem conhecida dos praticantes de camping e amantes da natureza, que frequento há mais de uma década. Lotamos um Toyota bandeirantes e partimos por volta das 7h30 em direção à Barragem de Tabocas, que fica a 14km de distância. Apesar da péssima condição da estrada, logo chegamos.

Tudo e todos desembarcados, hora de fazer uma boa caminhada, que pra mim é indispensável em um bom camping. Passamos por pitombeiras, jaqueiras, mangueiras, dezenas de plantações de bananeiras, algumas pequenas quedas d’água, cajueiros e muitas outras árvores frutíferas
e da flora local, sempre escutando o som agradável da água a correr ao lado do caminho, proveniente das muitas nascentes existentes na região.

E quase duas horas depois, chegamos até a trilha que dá acesso à subida da Pedra dos Caboclos, abastecemos os cantis e mais 30 minutos de uma subida íngreme e cansativa e chegamos todos intactos a área de camping, um pouco abaixo do cume da pedra. Uma parada pra foto de toda a
turma, exceto um que não quis ser fotografado. Os novatos ficaram com aquela cara espantada e maravilhada apontando pra todo lado mostrando as cidades e povoados possíveis de se ver do ponto onde estávamos, e os mais experientes se dirigiram ao local do acampamento.

Dividiram-se as tarefas. Uns foram à procura de lenha seca para uma fogueira, outros foram buscar água, eu e meus dois companheiros ficamos montando abrigo, alguns haviam trazido barracas, eu apenas uma rede e uma lona pra servir de toldo, pois não possuo barraca. Depois de todos
regressarem, uma boa feijoada enlatada com arroz liofilizado e fui descansar ao leve balanço da rede, enquanto outros conversavam, tocavam violão e cantavam.

Depois de uma bela soneca, chegou uma das horas mais apreciadas por mim: o ocaso. Reuni os que também queriam vê-lo e subimos até o cume da montanha, uma subida cansativa e de difícil acesso, o que nos rendeu a visão de um magnífico pôr do sol. Depois foi descer e se preparar
pra noite, que foi repleta de conversa, violão, carne, e muita risada.

Por volta da meia-noite subi novamente o cume acompanhado por mais 3 companheiros para contemplar dessa vez a imensa cortina de estrelas. A noite estava sem nuvens de modo que ficamos deitados, com as costas na fria pedra a procurar as constelações e astros naquela imensidão dos cosmos. Depois de um tempo voltamos pra nos reunir aos demais, e muito
depois dormir um pouco.

E quando o sol ressurgiu no horizonte, lá estávamos nós novamente a contemplar seu belo e colorido nascimento. Depois foi tomar um bom e forte café, desarmar todo o equipamento, recolher todo o lixo, tanto o nosso como o de outros que ultimamente deixam cada vez mais sujeira na montanha, e descer a serra. Na volta, um merecido e revigorante banho em uma pequena ponte de
pedra, com as geladas e puras águas das inúmeras fontes e nascentes.

Às duas da tarde, estava chegando ao fim nossa aventura do feriado de Independência. Estava novamente em casa, já com um gostinho de saudade e planejando o próximo destino meu, de meus companheiros e de minha inseparável mochila Alpina 43.

Por Alan Douglas.


Compartilhe:

Endereço: Rua Fernando Luz Filho, 112 - Teresópolis/RJ - CEP: 25954-195 (Não temos loja de fábrica) - CNPJ: 28.242.576/0001-84
2024 © Trilhas & Rumos - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Otmiza Agência Digital