A barraca é, talvez, um dos itens mais importantes num acampamento. Ela será o seu local de abrigo e de descanso. Por isso, ao partir para um acampamento, é fundamental conhecer as condições do local para onde se vai. Só assim será possível definir o que uma barraca precisa ter para que ela atenda suas necessidades.
Em geral as pessoas não percebem a importância dos detalhes em uma barraca, mas eles são essenciais para garantir conforto e segurança. E nesses últimos anos, a tecnologia e novas alternativas na construção de barracas avançou bastante. Por exemplo, um dos aspectos a serem considerados é o comprimento do sobreteto. Ele é essencial para manter o conforto, especialmente em dias frios e chuvosos, porque o espaço que fica entre o sobreteto e a barraca propriamente dita propicia uma camada de ar que garante a manutenção da temperatura interna. Em locais frios isso é fundamental. Sem contar que em caso de chuva, como é muito comum no Brasil, o sobreteto não pode encostar na barraca porque senão o ar condensa e começa a vazar água dentro barraca. As chuvas fortes são os melhores momentos para testar a qualidade de uma barraca. E chuva que chega sem previsão é o que mais acontece neste país.
Outro aspecto importante é a selagem das costuras, que pode ser por fita ou com produtos químicos. A selagem por fita dura muito mais tempo, mas em compensação deixa a barraca um pouco mais pesada e também tende a descolar com o tempo. A selagem com produtos químicos é atualmente a mais usada. Também existe a possibilidade de comprar separadamente produtos para selar as costuras da barraca, com o Impermeabilizante de costuras da Coghlans (ref. 9695), distribuído pela Trilhas & Rumos.
Um detalhe que poucos observam é a distância entre o chão, a altura do fundo da barraca e o término do sobreteto. Estas medidas devem combinar entre si para que não deixe a possibilidade de entrada de água. Os fundos devem ser resistentes ‘a umidade, podendo ser em náilon ou em prolipropileno trançado, que apesar de ser mais pesado é muito mais resistente. A maioria dos modelos de barracas da Trilhas & Rumos possui fundo em polipropileno. No entanto, a barraca Bivak 2, a mais técnica de todas, tem fundo em náilon para garantir seu pouco peso (tem apenas 1,3 kg na versão com armação de alumínio).
O vento é outro fator importante para testar a resistência de uma barraca. As armações de fibra ou aluminio propicionam uma flexibilidade que permite agüentar ventos fortes sem sair do lugar, apenas se curvando. Mas os esticadores laterais são importantes nessa hora, pois servem para estabilizar a barraca. Quanto à ventilação, quanto mais alta for a barraca melhor a ventilação (no entanto, mais pesada ela será). Além disso, algumas barracas possuem duas portas, o que também facilita a circulação do ar quando usadas apenas com o mosquiteiro.
Aliás, falando em mosquiteiros, eles são excelentes para as noites quentes pois permitem a ventilação e impedem a entrada de bichos na barraca. A tendência atual é colocar os mosquiteiros por fora da porta, assim a pessoa poderá de dentro da barraca, fechar a porta e deixar só o mosquiteiro fechado sem abrir a barraca em nenhum momento.
O tipo de porta foi um dos itens que passou por grande evolução. No início as portas eram em formato de U ao contrário (de cabeça para baixo). Isso fazia com que a porta caísse no chão, ou na lama, o que é pior, na hora de abrir a barraca. Depois elas passaram a ser em U (semi-circular, presas na parte de cima), mas continuavam pouco práticas para fechar pois necessitavam ser enroladas. Em seguida elas passaram a ser em U deitado, o que já ajudou muito, mas a área a ser presa e enrolada ainda continuava grande e isso quando você tem pressa pode atrapalhar bastante. Hoje, a tendência das barracas mais modernas é colocar a porta em formato circular completo, abrindo-se quase que completamente, com um pequeno pedaço fixo na barraca. Ao abrir o fecho basta embolar e guardar no bolso ao lado, com muita praticidade. Quase todas as barracas da Trilhas & Rumos, já adotam esse formato.
Um fato é certo. O antigo modelo canadense está cada vez mais em desuso, até mesmo entre aqueles que não têm hábito de acampar constantemente, em função do menor aproveitamento lateral. É importante avaliar em que tipo de lugar você costuma acampar para definir o modelo de barraca mais adequado. Hoje o mercado oferece diferentes tipos, para as mais diversas situações. Para que comprar uma barraca mais dispendiosa e menos ventilada, apropriada para neve, por exemplo, se você só acampa no Brasil e não tem intenção de subir uma alta montanha? Antes de comprar avalie todos os detalhes e coloque na balança o que melhor lhe atende, pensando numa relação custo x benefício.
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