Se você está procurando um local tranqüilo, com paisagem bucólica e diversas opções de trilhas e cachoeiras, esse lugar chama-se Aiuruoca. A cidade mineira foi fundada em 1706 pelos bandeirantes que procuravam ouro e pedras preciosas. Graças à grande quantidade de papagaios que existia nas montanhas da região, recebeu o nome de Aiuruoca, que em tupi quer dizer “toca do papagaio” (Aiuru = papagaio, oca = toca, ninho, casa).
Cercada pela Estação Ecológica da Serra do Papagaio, a região é rica em trilhas e cachoeiras, e possui ambiente ideal para a prática de esportes ao ar livre como caminhadas, escalada, cavalgada, bóia-cross e off-road. A melhor época para visitar a região é entre dezembro e março, quando as cachoeiras estão mais cheias e a temperatura da água mais amena. Já o inverno é rigoroso, com temperaturas muito baixas. As montanhas da região têm uma altitude que varia de 980 a 2.293 metros. Além da Mata Atlântica, o visitante encontra na paisagem do lugar lindos bosques de Araucária.
Uma curiosidade é que desde 1950 o carnaval de Aiuruoca ocorre uma semana antes que o do resto do Brasil. Diz a lenda que naquela época havia um padre alemão muito rígido que não permitia a festa na data certa. Este carnaval fora de época faz com que os turistas lotem a cidade. Se por um lado Aiuruoca atrai os mais animados carnavalescos, por outro chama esotéricos de todos os cantos por causa de sua fama de ter irradiação energética.
Quem vai à Aiuruoca não pode deixar de conhecer o Vale do Matutu, uma reserva ambiental localizada há 17 km da cidade. Com uma área de três mil hectares, a reserva estadual conta com uma associação de moradores e com a comunidade Daime, que cuidam de sua preservação e mantém um restaurante comunitário com deliciosa comida vegetariana. Para visitar a reserva eles sempre recomendam o acompanhamento de um guia local e a formação de grupos pequenos. O rio que banha o vale nasce nas montanhas do Parque Nacional do Itatiaia e é considerada a nascente mais elevada do Brasil. As cachoeiras mais próximas no Vale do Matutu são a dos Índios e a das Fadas.
O principal ponto de referência do vale é o Pico do Papagaio, ponto culminante de Aiuruoca, com 2.293 metros de altitude. Para chegar ao cume da montanha mais imponente da região é preciso pegar a estrada para o Retiro dos Pedros e a partir dali seguir cerca de duas horas e meia de trilha, com subidas íngremes, passando por diversas cachoeiras. Ao todo são 8 km de trilha.
Entre os principais roteiros para caminhada em Aiuruoca estão a Cachoeira dos Garcias, que possui uma grande piscina natural em baixo de sua queda; a Cachoeira do Batuque, com 25 metros de altura e que é acessada por 20 minutos de caminhada em uma trilha leve; os Caldeirões, local próximo ao centro da cidade e próprio para descer de caiaque ou bóia; a Cachoeira Deus Me Livre, situada numa propriedade particular; O Poço Joaquim Bernardo, no Rio Papagaio, que também conta com uma piscina natural; e a vila de Nogueiras, próxima ao limite entre os municípios de Aiuruoca e Alagoana, ao pé da Serra do Ouro Fala. Dali é possível caminhar até as cachoeiras do Córrego de Nogueiras ou à Mitra do Bispo, de onde se tem uma visão panorâmica das Serras do Garrafão e do Papagaio.
Chegar a Aiuruoca não é difícil. Quem parte de São Paulo tem duas alternativas: ou segue pela Rodovia Fernão Dias (BR-381), sentido Belo Horizonte, até São Gonçalo do Sapucaí, onde pega-se a BR-267, sentido Aiuruoca; ou pega a Via Dutra (BR-116) até a saída de Cruzeiro, onde deve entrar na MG-158 com destino a Caxambu, famosa estância hidromineral do sul de Minas, que fica a 45 km de Aiuruoca. Para quem vem do Rio de Janeiro a melhor opção é seguir pela BR-116 (Via Dutra) até a entrada de Engenheiro Passos, depois seguir para Itamonte, Pouso Alto e finalmente Cachambu.
Seja esotérico, carnavalesco ou montanhista, todos ficam encantados com a beleza e tranqüilidade de Aiuruoca.
Aiuruoca com Trilhas & Rumos
Ter uma mochila versátil e prática é fundamental para quem vai à Aiuruoca. Para carregar os equipamentos recomendamos a mochila Crampon 68, que possui bolso frontal que pode ser destacado, virando uma pequena mochila de ataque para os passeios mais curtos na Ilha. Outra boa opção para caminhadas curtas é o Estojo Acqua, pochete leve, com suporte para duas garras de água e bolso interno para documentos.
Para quem vai acampar, uma boa opção é a barraca Bivak Alumínio. Ela acomoda uma pessoal confortavelmente, com sua bagagem pessoal, e tem apenas 1,7 Kg! Para duas ou mais pessoas indicamos os modelos da linha Super Esquilo (para dois/três, quatro ou seis pessoas). Com formato iglu, possui duas entradas e armações em fibra.
Outro produto indicado é o saco de dormir Micro-Pluma, que possui apenas 1 kg de peso e pode ser usado como saco de casal, quando unido pelo zíper (deve-se adquirir o zíper com lados opostos, left e right). Sua proteção térmica é de até +4 graus Celsius. Uma boa alternativa para o verão é o Saco Mantafleece, fácil de lavar e guardar, é ao mesmo tempo um cobertor, um poncho e um saco de dormir. Em tecido do tipo Polar (300 g/m2), idêntico ao usado em nossos casacos Thermotex, ele reúne boa proteção contra o frio (até +10º C) com volume pequeno.
A hidratação deve ser olhada com atenção, especialmente se a trilha for feita nas épocas mais quentes. A Trilhas & Rumos possui várias opções de cantis, entre eles o Cantil Flexível Hidrat 2, que comporta dois litros de água e é adaptável a diversos modelos de mochilas. A saída de água é feita por uma mangueira que, conectada ao cantil, chega até a boca do usuário e permite que ele beba mesmo em movimento.
Contra os inesperados ventos, sugerimos o Corta-vento Minuano, que é muito leve e compacto e indispensável para ter sempre no fundo da mochila. E para se proteger da chuva, uma boa dica é o Abrigo Anorak Storm, que tem impermeabilização de resistência a 10.000 mm de coluna d’água e costuras seladas. Possui ainda capuz embutido na gola, com sistema de ventilação que evita a condensação e feito em tecido respirável.
Algumas dicas:
• Vá prevenido para o frio, pois a região costuma apresentar temperaturas muito baixas no inverno.
• Existem diversas pousadas, algumas delas ficam dentro da Reserva Ambiental do Matutu. Para quem quer acampar, existem opções de áreas de acampamento e o camping selvagem é permitido.
• Não deixe de experimentar a comida típica mineira de Aiuruoca (tutu a mineira, feijão tropeiro, leitão a pururuca, vaca atolada, galinha ao molho pardo) e a vegetariana, do Vale do Matutu.
• Distâncias entre Aiuruoca e algumas capitais: São Paulo (SP) – 485 km; Rio de Janeiro (RJ) – 348 km; Belo Horizonte (MG) – 413 km; • Brasília (DF) – 1127 km; Salvador (BA) – 2074 km; Porto Alegre (RS) – 1651 km.
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